CODAS //cadernoscodas.fpabramo.org.br/index.php/codas <p>CADERNOS LATINO-AMERICANOS DE POLÍTICA E SOCIEDADE</p> Fundação Perseu Abramo pt-BR CODAS 2676-0126 LULISMO OU LULISMOS? //cadernoscodas.fpabramo.org.br/index.php/codas/article/view/3 <p>Este artigo analisa os limites e as possibilidades do Lulismo por meio da variável regional do conjunto de políticas públicas dos governos petistas até o Golpe de 2016, que destituiu a presidente Dilma Rousseff do poder. A hipótese central deste artigo é que, considerando as históricas assimetrias regionais do Brasil, o resultado da análise do impacto do conjunto de políticas públicas do Lulismo no Nordeste, por meio da variável regional, nos permite pensar em Lulismos, que acabou impactando tanto as Manifestações de Junho de 2013 como as Eleições de 2018.</p> Patrícia Valim Copyright (c) 2020 CODAS 2020-07-17 2020-07-17 1 1 7 24 CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS E PRÁTICAS DA ECONOMIA FEMINISTA À ECONOMIA SOLIDÁRIA //cadernoscodas.fpabramo.org.br/index.php/codas/article/view/4 <p>O objetivo do artigo é apresentar o debate entre a Economia Solidária e Economia Feminista. Busca-se recuperar as respostas da Economia Solidária à desigualdade de gênero, bem como visibilizar as dificuldades, no interior da Economia Solidária, em superar as relações desiguais entre mulheres e homens e a reprodução da divisão sexual do trabalho. Realizou-se consulta a textos clássicos da Economia Solidária, Economia Feminista e relações de gênero, principalmente traçando a caminhada histórica da Economia Solidária e a participação das lutas das mulheres até os nossos dias.</p> Ana Luiza Matos de Oliveira Sergio Arcas de Abreu Copyright (c) 2020 CODAS 2020-07-17 2020-07-17 1 1 25 40 A DESIGUALDADE DOS CORPOS E A SELETIVIDADE DA MEMÓRIA NO BRASIL PÓS-TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA //cadernoscodas.fpabramo.org.br/index.php/codas/article/view/5 <p style="text-align: justify;">O diagnóstico social desenvolvido a partir da pesquisa-participante em Heliópolis no projeto Memórias e Resistências: a ditadura na quebrada (2016-2018) e de dados sobre a violência contra a juventude periférica no Brasil revela que feridas no tecido social são causadas pela persistência de práticas de violência e tortura pós transição democrática. O presente artigo busca demonstrar que tal violência está ancorada no estabelecimento da desigualdade entre corpos, ou seja, na definição dos corpos que são protegidos e valorizados, inclusive pelo Estado, em detrimento aos que são descartados e violentados. Também procura relevar como a suspeita sobre as narrativas feitas por corpos considerados desviantes das normas conduz à seletividade da memória e ao trauma. Inicia-se discutindo a persistência das marcas ditatoriais no Brasil (1), segue-se para uma análise sobre os corpos vítimas de violência, estabelecidos como incircunscritos e desumanizados (2), discute-se então a perversão da suspeita versus o direito à memória (3), e conclui-se apresentando uma breve reflexão sobre o papel de resistência da universidade por meio da construção da memória política e da produção partilhada do conhecimento.</p> Beatriz Besen de Oliveira Copyright (c) 2020 CODAS 2020-07-17 2020-07-17 1 1 41 60 PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO EM DEBATE //cadernoscodas.fpabramo.org.br/index.php/codas/article/view/6 <p>Desde o começo de seu mandato, bem como durante a campanha eleitoral em 2018, o atual presidente Jair Bolsonaro apresenta uma narrativa de combate ao que ele chama de velha política, a qual seria vista, em linhas gerais, como a troca de favores entre Executivo e Legislativo. Essa velha política também é associada a como o sistema político brasileiro funcionou até então, nas bases do presidencialismo de coalizão. Entretanto, quando voltamos aos trabalhos sobre a coalizão no sistema presidencialista vemos que não há razão para que ela seja posta como algo pernicioso e que, na realidade, o seu funcionamento é muito parecido com a coalizão no sistema parlamentarista. Portanto, o objetivo desse artigo é resgatar os argumentos desses trabalhos e demonstrar que a coalizão no presidencialismo funcionou de maneira estável.</p> Luana Forlini Copyright (c) 2020 CODAS 2020-07-17 2020-07-17 1 1 61 70 TELEJORNALISMO E MÍDIA NA CRISE POLÍTICA E SOCIAL BRASILEIRA A PARTIR DE 2013 //cadernoscodas.fpabramo.org.br/index.php/codas/article/view/8 <div class="page" title="Page 2"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Este artigo analisa a participação do jornalismo, mais especi camente do telejornalis- mo da TV Globo, no início da crise política e social brasileira que explodiu em junho de 2013, que teve consequência o golpe de 2016 e que perdura até o presente momento. A análise toma como base os principais fatos ocorridos entre junho de 2013 e abril de 2016 que foram elencados para dissertação de mestrado sobre a cobertura realizada pelo Jornal Nacional dos discursos antagonistas ao redor de impeachment de 2016. O presente artigo se concentra, principalmente, nos fatos de 2013 e como o debate nas redes sociais online zeram com que o jornalismo optasse por uma determinada nar- rativa que era mais condizente com os interesses do sistema hegemônico mídia-publi- cidade. A análise se desenvolve tomando como base a história do jornalismo brasileiro e a forma como a censura e os interesses empresariais in uenciaram a construção da narrativa sobre o que ocorria no Brasil.</p> </div> </div> </div> </div> Pedro Simon Camarão Telles Ribeiro Copyright (c) 2020 CODAS 2020-08-17 2020-08-17 1 1 71 95 A LEI DE LICITAÇÕES E A EROSÃO DO ESTADO SOCIAL BRASILEIRO //cadernoscodas.fpabramo.org.br/index.php/codas/article/view/7 <div class="page" title="Page 2"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>A evolução institucional brasileira após a Constituição Federal de 1988 foi sendo crescente- mente erodida com o avanço do neoliberalismo no Brasil. O Estado Social que se pretendia erigir junto com uma carta constitucional programática e dirigente foi, desde muito cedo, contrarrestado por iniciativas legislativas pautadas por uma orientação anti-Estado, emada das organizações multilaterais em prol dos interesses extravagantes das corporações capi- talistas internacionais. A lei de licitações (8.666/1993) foi um dos marcos mais importantes desse processo e neste artigo procura-se analisar alguns de suas principais implicações para o arcabouço institucional brasileiro. Conclui-se que, a partir das limitações trazida por aquela lei, as possibilidades de desenvolvimento econômico e social seguiram por um processo de crescente constrangimento, em prejuízo da política, da justiça social e da soberania popular.</p> </div> </div> </div> </div> Antônio Carlos Souza de Carvalho Marcelo Manzano Copyright (c) 2020 CODAS 2020-08-17 2020-08-17 1 1 96 115